A Revolução Constitucionalista foi um movimento político ocorrido no Brasil em 1932, que teve como objetivo principal a defesa da Constituição de 1891 e a instauração de um regime democrático no país.
Na década de 1930, o Brasil vivia um período de instabilidade política e econômica, marcado por constantes golpes militares e governos autoritários. A Constituição de 1891, que havia estabelecido um regime parlamentarista no país, havia sido suspensa em 1930 pelo então presidente Getúlio Vargas, que instituiu um governo autoritário com amplos poderes.
A Revolução Constitucionalista surgiu como uma reação a essa situação, liderada por grupos políticos e sociais que defendiam a restauração da democracia e do Estado de Direito. O movimento foi iniciado em São Paulo, mas logo se espalhou por outros estados do país, contando com o apoio de setores da sociedade, como a classe média, os operários e os estudantes.
A Revolução Constitucionalista foi marcada por uma série de manifestações, greves e protestos que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras. Em julho de 1932, os revoltosos ocuparam a cidade de São Paulo e proclamaram a República Paulista, estabelecendo um governo provisório encabeçado por Júlio Prestes.
A Revolução Constitucionalista foi suprimida pelo governo federal após um violento confronto entre as forças militares e os revolucionários, que deixou centenas de mortos. Após a derrota do movimento, Vargas foi obrigado a restabelecer a Constituição de 1891 e a convocar eleições para a escolha de um novo presidente.
A Revolução Constitucionalista ficou conhecida como o "32", em referência ao ano em que ocorreu, e é considerada um marco importante na luta pela democracia no Brasil. Embora tenha sido derrotada, o movimento contribuiu para o fortalecimento da oposição democrática no país e para a instauração de um regime mais liberal na década de 1950.
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